Maior programa de proteção
de florestas tropicais jamais lançado no planeta,
o ARPA combina o estado da arte da conservação
da biodiversidade com estratégias de desenvolvimento
sustentável e do uso racional dos recursos naturais,
com base no conhecimento científico, manejo descentralizado
e na participação da população
local.
Em 2003, o WWF-Brasil disponibilizou
US$ 11,5 milhões ao governo brasileiro através
da entidade gestora Funbio para implementar o ARPA –
vêm servindo para identificar e implementar áreas
de proteção integral, como parques nacionais,
reservas biológicas e estações ecológicas,
num total de 90 mil Km2 nos primeiros 4 anos do programa.
O Programa contém também um forte componente
sócio-econômico, através da declaração
de reservas extrativistas e de uso sustentável num
total de 90 mil Km² nos primeiros 4 anos do programa.
A parceria do WWF-Brasil com entidades
locais e governos estaduais na Amazônia ajudou a declarar
o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque – o maior
parque de floresta tropical do mundo. Lançando o
ARPA, o parque foi criado pelo governo federal em 2002,
como parte das ações do Programa. Situado
no norte do Amapá, próximo à região
de fronteira, o Parque tem área de 38,8 milhões
de Km² e responde por 1% da Floresta Amazônica
em território brasileiro.
Outro marco importante foi a criação
do Parque Nacional Serra da Cutia, em Rondônia, com
uma área de 2,8 mil Km². Localizado entre os
rios Madeira e Tapajós, o parque faz fronteira com
duas reservas extrativistas criadas pelo Programa, formando
um conjunto de áreas protegidas, uma espécie
de mosaico de diferente tipos de unidades de conservação.
Um dos maiores desafios do ARPA e
da maior relevância para o WWF-Brasil é a participação
e gestão das comunidades e entidades locais e regionais
nas áreas protegidas declaradas pelo Programa. O
WWF-Brasil vem contribuindo para as consultas públicas
realizadas nos estados antes da criação das
áreas. É o caso da Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema
(AC) e do PN Serra da Cutia (RO), ambas criadas por decreto
em 2002, em terras recuperadas pelo Incra e em locais definidos
por estudos técnicos realizados pelo Ibama. A organização
patrocinou também a consulta pública realizada
para a declaração do Parque Estadual de Chandless,
no Acre.
Além de patrocinar planos de
manejo para os parques declarados, cursos de capacitação
para técnicos do governo e da sociedade civil e oficinas
de comunicação para os parceiros e a mídia
atuante da Amazônia brasileira, o WWF-Brasil contribuiu,
em 2003, para o ARPA com análise e estudo de áreas
prioritárias para a conservação da
região e defesa técnica para a criação
de áreas protegidas.
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